terça-feira, 9 de abril de 2013

MULHERES ASSASSINADAS, ISSO TEM QUE ACABAR.

Caça às bruxas em Papua-Nova Guiné

Duas mulheres acusadas de bruxaria foram mortas por populares após serem torturadas

08/04/2013 15:04:33
Post Courier/Reprodução
Caso registrado em fevereiro, quando uma mulher também foi acusada de bruxaria, torturada e queimada
Duas mulheres morreram após serem torturadas por três dias e depois decapitadas por seus vizinhos, em Papua-Nova Guiné. Os torturados as acusavam de bruxaria.
Segundo o jornal Post Courier, a polícia não conseguiu dissuadir os moradores de Lopele, que tinham armas de fogo, facas e machados. O chefe de polícia, inspetor Herman Birengka, classificou o crime como bárbaro e absurdo e ainda acrescentou que a polícia tentou negociar a libertação das duas mulheres, de idade avançada, que haviam sido seqüestradas na terça-feira, sob acusação de terem causado a morte de um professor com atos de bruxaria. Elas foram seqüestradas pelos parentes deste professor e torturadas com facas e machados, antes de serem decapitadas em frente aos agentes de polícia.
Durante a Semana Santa, outras seis mulheres foram mortas acusadas de bruxaria. Elas tiveram as mãos atadas, foram despidas na frente uma multidão e torturadas com ferro quente. Logo após, os populares atearam fogo nas mulheres, enquanto elas ainda estavam vivas.
Estes casos somam-se há outras 50 mortes, no ano de 2008, de pessoas supostamente envolvidas em bruxaria. A Anistia Internacional (AI) exigiu do governo ações preventivas e a punição à caça às bruxas no país que, segundo a AI, é utilizada para justificar atos de violência contra mulheres. A população relata mais casos que não chegaram ao conhecimento da AI.


Andressa Bergsleithner
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